O que você faria se o seu bebê sentisse fome quando vocês estivessem no ônibus? Se você respondeu que iria amamentá-lo ali mesmo, certamente essa sua postura geraria uma certa polêmica. Isso porque, infelizmente, a amamentação em público ainda é vista de forma erotizada por algumas pessoas.
Além de se desdobrar entre os papéis de mãe, mulher e profissional, essa é mais uma preocupação para aquelas que tiveram um bebê recentemente. Por mais incrível que possa parecer amamentar em público ainda causa polêmica e atrai olhares intimidadores.
Como isso começou?
Não se sabe ao certo quem foi a primeira mulher a ser repreendida por amamentar em um local público, mas o fato é que esse ato já gerou diversos mal-estares, inclusive na internet.
Nos arriscaríamos a dizer que o fato se repete quase que diariamente: muitas mulheres são constrangidas por “escolherem” alimentar seu filho fora de casa. Alguns extremos até viram notícia e o mais curioso é que, além de homens que fazem “gracinhas”, grande parte dessas repreensões partem de mulheres. Com isso, algumas se sentem tão acuadas que acabam até evitando sair de casa com o bebê.
O que fazer então?
Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais já aprovaram leis que oferecem respaldo às mulheres que querem amamentar seus filhos em locais públicos.
As multas para quem infringir essas leis giram em torno de R$1.000,00, aumentando em caso de reincidência. Embora para alguns isso ainda soe como “bobagem”, o principal objetivo dessas leis é preservar o direito que toda mãe tem de amamentar (alimentar) seu filho, esteja onde estiver.
É claro que existem mulheres que, por si só, se sentem constrangidas ao amamentar em público e, portanto, preferem ir a lugares mais reservados. Essas também devem ser respeitadas. Aliás, o mais importante é o respeito!
Mas é mesmo necessário amamentar?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a única fonte de alimento do bebê seja o leite materno até pelo menos seis meses de vida. Portanto, sempre que a mulher tiver condições de saúde, é esse o alimento que deve oferecer a seu filho.
Veja este artigo da Revista Crescer que elenca os 16 benefícios da amamentação. Assim, nós, mulheres, temos razões indiscutíveis para não abrir mão da possibilidade de oferecer o peito ao filho, seja lá onde for. Não é preciso dizer (mas vale pecar pelo excesso) que não há nada de sexual/ sensual/ erótico no ato.
Segundo Freud, o seio materno seria o primeiro “objeto” reconhecido pelo recém-nascido como bom e, portanto, a sua primeira forma de estabelecer uma relação libidinal com o mundo.
Para alguns psicanalistas, entretanto, escandalizar-se diante do ato não passa de uma “dissonância cultural”, que confunde um ato nutritivo com algo de conotação sexual.
Há também alguns psicólogos que acreditam que o direito de amamentar é algo natural e não um motivo para sentir culpa ou vergonha: as mulheres devem se conscientizar disso e buscar seus direitos nesse sentido, caso sintam que eles estão sendo violados.
Às vezes, em decorrência de algum acontecimento, mulheres realizam “mamaços” em lugares públicos como uma forma de protesto contra os constrangimentos ou contra aqueles que querem impedi-las de amamentar, algo que, representa apenas a satisfação de uma necessidade vital do bebê, sem qualquer contexto sexual envolvido (lógico!!!!).
E você? Qual a sua opinião sobre os constrangimentos sofridos por aquelas que amamentam em público? Já passou por alguma situação relacionada ao tema, ou conhece alguém que tenha passado? Deixe um comentário abaixo e conte para nós!