Enjoos, seios sensíveis, calor e dores de cabeça: esses típicos sintomas do início da gestação têm como grandes culpados os hormônios da gravidez. Desde a fecundação do óvulo, o corpo da mulher passa por uma verdadeira revolução hormonal — é o organismo se tornando um ambiente propício para o desenvolvimento do bebê.
Mas, afinal, quais são esses hormônios e como eles afetam o corpo feminino? Neste post, vamos falar um pouco sobre os principais. Continue a leitura e se torne uma expert das adaptações endócrinas do seu organismo de futura mamãe!
Beta-HCG
Provavelmente, esse já é um velho conhecido, não é? O beta-HCG (hormônio da gonadotrofina coriônica) é o responsável pela detecção da gravidez. Ele é produzido pelas células que originarão a placenta, por isso, a alta dosagem no sangue ou na urina é um forte indicativo de bebê a bordo!
O índice normal do beta-HCG no organismo feminino é inferior a 5 mIU/ml. Sua concentração cresce tanto no período gestacional que chega a dobrar a cada dois dias, aproximadamente. Um teste de sangue já é capaz de fornecer o resultado positivo com base na presença desse hormônio a partir de 10 dias após a fecundação.
Progesterona
Algumas mulheres são sortudas e não sentem enjoos. No entanto, a maioria passa por semanas difíceis no início da gestação — e a culpa é da progesterona! O efeito indesejável ocorre porque esse hormônio retarda a digestão e atrapalha o trânsito estomacal. Mas ela não é nenhuma vilã! Muito pelo contrário, a progesterona:
- prepara a membrana do útero para receber o óvulo fecundado;
- torna mais acessíveis para o feto os nutrientes armazenados no endométrio;
- inibe as contrações uterinas, o que diminui as chances de aborto espontâneo;
- auxilia o estrogênio no preparo das mamas para a amamentação.
Estrogênio
Outro protagonista dos hormônios da gravidez é o estrogênio (ou estrógeno). Sua participação é tão marcante que ele chega a atingir índices 30 vezes maiores até a reta final da gravidez, em comparação às taxas originais. Sua principal função é favorecer a dilatação dos vasos sanguíneos para acomodar todo o volume de sangue extra no organismo materno.
Além disso, é também o grande responsável pelo crescimento das glândulas mamárias — o que ocasiona grandes mudanças nos seios, como o aumento de tamanho, as dores e o formigamento. Por fim, o estrogênio ajuda a relaxar os ligamentos pélvicos para a futura dilatação pré-parto.
Ocitocina
O chamado “hormônio do amor” é o melhor amigo do trabalho de parto. É a ocitocina que induz as contrações uterinas e que dão o “aval” para o organismo iniciar a liberação do leite materno — cuja produção fica a cargo do PRL e do HPL, como você verá adiante.
Se o parto do seu filho for normal, mas por algum motivo precisar de indução, normalmente o procedimento incluirá o uso de ocitocina sintética introduzida no sangue. Dessa forma, o útero terá as contrações estimuladas para o andamento do parto.
PRL e HPL
Por fim, a prolactina (PRL) e o hormônio lactogênico placentário (HPL) são secretados pela placenta e trabalham juntos para estimular a lactação, em função da futura amamentação. Eles começam a agir a partir do segundo trimestre, por isso, não é incomum ocorrerem pequenos escapes de leite ainda na gravidez.
Interessante, não é? Conhecer as funções desses hormônios da gravidez é importante para entender um pouco mais sobre o seu corpo. Lembre-se de estar sempre em dia com os exames pré-natal para ter certeza de que está tudo indo conforme o esperado — com o bebê e com você também!
E já que você é uma gravidinha aplicada, que tal ler também nosso post sobre a importância do aleitamento materno?